Antiga Miss atacada com ácido pelo ex-namorado

Gessica Notaro corre o risco de ficar cega de um olho. Ex-namorado diz que está inocente
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Uma antiga participante do concurso Miss Itália foi atacada com ácido alegadamente pelo ex-namorado. Gessica Notaro, 28 anos, está hospitalizada com prognóstico reservado, ainda sem certezas se recuperará a visão de um dos olhos. A jovem acusou o ex-namorado, o caboverdiano Jorge Edson Tavares, 29 anos, que já foi detido, mas este nega qualquer envolvimento no incidente.

O ataque aconteceu na noite de terça-feira, quando Gessica Notaro chegou a casa, na região de Cesena, nordeste de Itália, com o atual namorado. Este deixou-a e foi-se embora. Ao chegar à porta, deparou-se com o ex-namorado, segundo contou ao il Resto del Carlino. "Eu vi-o, vi o Eddy, que segurava uma garrafa de plástico e estava vestido de preto. Não disse uma palavra, atirou o líquido e fugiu", disse.

A antiga Miss garantiu ao jornal que o importante é estar viva e recuperar a visão. "Não me importo se ficar desfigurada", afirmou Gessica Notaro, que assim que falou com a polícia acusou o ex-namorado.

Jorge Edson Tavares está detido, mas negou a autoria do ataque e alega que passou a noite com outra mulher, a qual também já foi ouvida pelas autoridades. No entanto, segundo a agência noticiosa italiana Ansa, há inconsistências nos testemunhos de ambos no que respeita a horários.

Gessica Notaro e Jorge Edson Tavares haviam terminado o relacionamento de dois anos no verão e desde então que ele andaria a persegui-la e a ameaçá-la. A jovem teria feito queixa e um tribunal proibira-o de se aproximar dela.

Eleita Miss Romagna em 2007, foi finalista do concurso de misses a nível nacional, o que lhe abriu as portas para o mundo da moda, da representação, da dança, da apresentação de programas e até da música, tendo o lançamento de um disco agendado para os próximos dias.

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Além destas vertentes mais artísticas, a sua vida profissional passava também pelo trabalho como treinadora de golfinhos num aquário de Rimini.

Dados de 2016 citados pela versão italiana do The Local indicam que uma em cada três mulheres italianas sofrem de violência doméstica em determinada altura da vida e que 100 mulheres morrem no país todos os anos, a maioria nas mãos de companheiros ou ex-companheiros.

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