Annie Leibovitz já fotografou muitas mulheres mas ainda lhe falta Angela Merkel

Exposição com nova série de fotografias de "Mulheres" é inaugurada amanhã em Londres
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A cantora Taylot Swift e a humorista Lena Dunham, Aung San Suu Ki, Nobel da Paz, e Jane Goodall, a antropóloga que dedicou a sua carreira aos primatas, são algumas das mulheres que aceitaram ser fotografadas por Annie Leibovitz. Quinze anos depois de ter feito a primeira série "Women", aquela que é uma das mais conhecidas e requisitadas fotógrafas da atualidade revelou uma nova série de fotografias de mulheres. A exposição é inaugurada amanhã na velha central hidráulica de Wapping, em Londres, onde fica até 7 de fevereiro. Segundo o El Mundo, a decadência do lugar contrasta com "a força psicológica e a beleza das fotos".

Foi em 1999 que a fotógrafa americana Annie Leibovitz começou esta série "Women". Mais ou menos conhecidas, mais ou menos vestidas, mais ou menos ricas, de todas as raças, de todas as idades, de diferentes países e com diferentes profissões. A ideia foi da escritora Susan Sontag, que era na altura companheira de Leibovitz e que morreu em 2004. "A mim pareceu-me que era algo como querer fotografar o oceano, um sonho impossível de concretizar", contou a fotógrafa de 66 anos ao jornal El Mundo.

Entre as famosas que aceitaram posar para este projeto de Annie Leibovitz estão a escritora Toni Morrison, a cantora Patti Smith, a estilista Stella McCartney, as atrizes Meryl Streep, Vanessa Redgrave, Nicole Kidman ou Natalie Portman, a artista Yoko Ono, a candidata presidencial Hillary Clinton, a ex-secretária de estado norte-americana Madeleine Allbright e a antiga primeira-dama Barbara Bush, a modelo Jerry Hall e a rainha de Inglaterra Isabel II.

A exposição inclui fotografias da série original mas também mais recentes, como da atriz Lupita Nyong'o, as tenistas irmãs Williams, a humorista Amy Schumer, a bailarina Misty Copeland, a ativista Gloria Steinem e até Caitlyn Jenner (antes conhecida como Bruce Jenner).

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A sessão com Jane Goodall foi uma das mais rápidas de sempre, revelou na apresentação da exposição à imprensa: "Ela entrou e disse: eu odeio fazer isto, prefiro ir ao dentista. E eu compreendo-a perfeitamente." E explicou: "É normal não gostarmos de tirar fotografias porque temos de lidar com a nossa imagem e perguntarmo-nos quem somos."

Na exposição, Leibovitz incluiu ainda uma fotografia de si própria, com as filhas Sarah, Susan e Samuelle.

Fica a faltar a chanceler alemã Angela Merkel, embora a fotógrafa ainda não tenha desistido: "Continuo a tentar fotografar Merkel, mas respeito o facto de ela não querer fazer entrevistas ou fotografias porque tem outras coisas para fazer e neste momento está muito ocupada", disse Leibovitz à BBC Radio 4. "Provavelmente iria fotografá-la a trabalhar, tal como fiz com Hillary Clinton. Respeito o facto de ele não querer posar para um retrato."

Londres é primeira de dez cidades que vão receber Women. Seguem-se, em datas ainda a anunciar, Tóquio (Japão), São Francisco (EUA), Singapura, Hong Kong (China), Cidade do México, Instambul (Turquia), Frankfurt (Alemanha), Nova Iorque (EUA) e Zurique (Suíça).

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