André Coelho Lima falado para líder parlamentar

O vice-presidente do partido e deputado eleito por Braga poderá ser a escolha de Rio para liderar a bancada do PSD no arranque da legislatura.
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Rui Rio está de saída da liderança do PSD, depois da derrota no passado domingo, mas manifestou a vontade de tomar posse como deputado e estar presente na discussão e votação do Orçamento do Estado para 2022, processo que só deverá estar concluído em março ou abril.

Com este horizonte "sem pressa" para a transição de liderança no partido, há já um nome que se perfila como potencial candidato à presidência do grupo parlamentar social-democrata. Segundo fontes da direção do PSD, a escolha ainda de Rui Rio para a condução dos deputados sociais-democratas poderá recair sobre André Coelho Lima, seu vice-presidente.

Deputado desde 2019, Coelho Lima encabeçou a lista do partido por Braga. "Tem credibilidade, é próximo de Rio, tem bom discurso e boa imagem", afirma a mesma fonte, que afirma que Adão silva, o anterior líder parlamentar e único deputado eleito por Bragança, não tem andado "sintonizado com Rio em muitas matérias".

A nova liderança que vier a existir no PSD poderá posteriormente sufragar a escolha de Rio ou tentar nova liderança parlamentar, sendo que nenhum dos potenciais candidatos à sucessão do atual presidente tem assento parlamentar e o grupo parlamentar foi todo escolhido pelo líder cessante.

As mesmas fontes garantiram ao DN que Rui Rio foi "taxativo" na reunião da Comissão Política Nacional de quinta-feira, de que está disposto a aguentar mais alguns meses de liderança para que o partido entre "com calma e ponderadamente" em período eleitoral. E tal com o verbalizou aos jornalistas após essa reunião, apontou um horizonte para dizer "adeus" à direção.

"Vamos convocar o Conselho Nacional para o próximo dia 19 em Barcelos. Aí decidiremos a data das próximas eleições diretas, que terão de ser antecipadas. O mais tardar, as diretas terão de se realizar até ao início de julho", afirmou, em conferência de imprensa.

"Não vou abandonar a liderança do PSD amanhã. Aceito qualquer data dentro do limite do razoável. Quando as pessoas forem de férias, isto terá de estar resolvido", acrescentou.

As fontes da direção dizem que há mesmo uma "pressão" por parte dos "protocandidatos" à liderança - Luís Montenegro, Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz e Jorge Moreira da Silva - para que Rio se mantenha mais tempo ao leme do partido para dar tempo para reorganizarem as respetivas tropas.

A direção nacional não definiu uma estratégia de datas fechadas para levar a Conselho Nacional, pelo que deixará que a discussão seja o mais aberta possível sobre o futuro próximo do PSD e a abertura do processo para uma nova liderança.

paulasa@dn.pt

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