Um dos derradeiros títulos da operação de filmes em exclusivo nos cinema UCI 2015. Infinitely Polar Bear serve de exemplo de um certo cinema independente americano com estrelas consagradas (Mark Ruffalo e Zoe Saldana) e com o chamado apelo Sundance.
Obras que acabam por se perder num saturado mercado de nicho. Contudo, este pequeno drama sobre uma família disfuncional tem alguns trunfos afetivos, a começar pela interpretação de Mark Ruffalo, o patriarca de uma família de Boston nos anos 70, um homem que se afunda quando lhe é diagnosticado sintomas de maníaco-depressivo.
Ruffalo é de um preciosismo afiado, compondo aquele extremoso e extravagante pai com uma energia contagiante. Um ator que transmite um calor humano muito raro no atual contexto de Hollywood. Muito em breve vamos vê-lo em O Caso Spotlight, onde tem algumas possibilidades de ser nomeado ao Óscar - neste momento é um dos atores de topo no cinema americano.
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A par de Ruffalo, o filme tem um cocktail interessante de emoções fortes, quase sempre ancorado numa certa subtileza certeira. Maya Forbes filma bem uma "ideia" de família de cinema.
Classificação: ***