95 pessoas mortas pelas forças de segurança indonésias, denuncia Amnistia

Os dados são apontados num relatório da Amnistia Internacional que remete para atos efetuados entre 2010 e 2018
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A Amnistia Internacional denunciou o assassinato de 95 pessoas cometido pelas forças de segurança da Indonésia, entre 2010 e 2018, na remota província oriental de Papúa, cenário de um conflito separatista há décadas.

No relatório intitulado "Não te preocupes, deixa-o morrer: matando com impunidade em Papúa", a Amnistia Internacional denunciou a falta de responsabilização da polícia e do exército por estes 95 assassinato.

Pelo menos 39 vítimas perderam a vida durante atos políticos de ideologia independentista, enquanto 56 tiveram lugar quando as autoridades lidavam com protestos sociais e desordem pública, tentando deter suspeitos de crimes, ou devido a "negligências individuais", denunciou a organização.

Segundo a Amnistia Internacional, 85% das vítimas pertenciam à população indígena.

"Papúa é um dos buracos negros da Indonésia para os direitos humanos", sublinhou o diretor executivo da Amnistia Internacional para a Indonésia, Usman Hamid, em comunicado.

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