Amanda Knox diz-se triste com nova condenação

A estudante norte-americana Amanda Knox declarou-se triste depois de ver hoje confirmada a sua condenação pela morte de Meredith Kercher, amiga britânica com quem partilhava apartamento, em 2007, em Perúgia, Itália. 28 anos e seis meses de prisão foi a pena a que ontem a condenou o tribunal de recurso de Florença. O seu ex-namorado italiano, Raffaele Sollecito, também foi de novo condenado, a 25 anos de prisão.
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"Estou muito triste com este veredicto injusto", declarou Amanda Knox, num comunicado citado pela AFP. A jovem encontra-se atualmente a viver em Seattle, a sua terra natal nos EUA. Teoricamente pode ser extraditada para cumprir pena em Itália, mas os especialistas, citados pelos media norte-americanos e agências internacionais, dividem-se nos argumentos.

Dias dias antes da leitura do veredicto de hoje, Amanda Knox deu uma entrevista exclusiva ao jornalista Simon Hattenstone do britânico 'Guardian'. Clique aqui para ver a reportagem com Amanda Knox.

O tribunal de recurso de Florença emitiu o veredicto após quase 12 horas de deliberações. O irmão e a irmã de Meredith, Lyle e Stephanie, estiveram presentes quando este foi lido.

Knox e Sollecito já tinham sido condenados em primeira instância, em 2009, em Itália, a 26 e a 25 anos de cadeia, num processo altamente mediático. Foram depois absolvidos num primeiro processo de recurso, em outubro de 2011, mas esse julgamento foi anulado o ano passado e mandado repetir.

Após a libertação, Knox viajou imediatamente para os EUA. A norte-americana explicou porque não voltou agora a Itália para este novo processo: "Não queria colocar-me nas mãos daqueles que querem enviar-me para a prisão por uma coisa que eu não fiz", disse, numa entrevista ao 'New York Times'.

O caso remonta à noite de 1 para 2 de novembro de 2007, quando Meredith Kercher, de 21 anos, foi encontrada morta, seminua, com mais de quatro dezenas de facadas, no apartamento de Perugia.

O ex-namorado italiano de Knox, Sollecito, teve que entregar o seu passaporte às autoridades, refere a BBC. Sollecito encontra-se em Itália e chegou a estar presente hoje no tribunal, embora não tenha ficado para ouvir o veredicto. A defesa deverá recorrer da sentença, referem a AFP e o 'Guardian'.

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