Exigida a saída de comandante da PSP/Amadora

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amadora O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) entregou ontem à Direcção Nacional da PSP um pedido de exoneração do comandante da Divisão da PSP da Amadora. Em causa, "o sentido nega-tivo" com que o subintenden- te António Manuel Pereira comanda a divisão, "através de medidas irracionais e incompreen-síveis" que limitam a actuação dos agentes no terreno, que "estão proibidos de entrar com viatu- ra policial nos bairros ditos problemáticos e mesmo de realização de operações nas suas imediações".

Segundo o sindicato, alguns moradores "com processos-crime"chegam a telefonar directamente para o telemóvel do comandante, "vitimizando-se face à actuação policial e fazendo crer que existe um excesso de violência por parte do dispositivo policial". A solução, diz Rui Carvalho, vice-presidente do Sinapol, "é sempre a mesma, contenção, sair dos bairros e das imediações, proteger essencialmente as viaturas policiais, menosprezando a protecção individual dos agentes". Isto, acrescentam, num concelho com uma especificidade muito própria, na zona da Grande Lisboa, "onde a criminalidade é constante e não com picos como os registados em Setúbal ou Sacavém".

O Sinapol recorda que a "falta de uma operacionalidade visível de prevenção e repressão à delinquência sob todas as suas formas" tem levado a falhas, fazendo com que António Manuel Pereira seja "o único comandante ao nível nacional a registar três mortes de agentes policiais durante o exercício das suas funções", referindo--se aos polícias mortos na Cova da Moura e Bairro D. Filomena.

O DN tentou obter uma reacção junto da Direcção Nacional da PSP, mas a instituição recusou-se a comentar o assunto.

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