O regresso a Portugal de Álvaro Cunhal, que tinha cumprido um longo exílio político em Paris, foi um dos destaques da primeira página do DN a 1 de maio de 1974.."Álvaro Cunhal no seu regresso: tornar irreversível a aliança entre as massas populares e os membros das Forças Armadas para construir Portugal com liberdade, democracia e paz", titulava o nosso jornal, que dava conta de que milhares de pessoas aclamaram o então secretário-geral do Partido Comunista Português no aeroporto de Lisboa.."De braços no ar com os dedos aberto em 'V' ou punho direito cerrado agitando flores, bandeiras nacionais, bandeiras vermelhas, cartazes de boas-vindas ou reivindicativos e cantando A Portuguesa, milhares de pessoas vindas de fora de Lisboa estiveram ontem ao princípio da tarde no Aeroporto da Portela de Sacavém para receber Álvaro Cunhal, secretário-geral do Partido Comunista Português regressado ao país após 14 anos de exílio no estrangeiro", podia ler-se no texto..À chegada a Lisboa, Cunhal prometeu tudo fazer para tornar "irreversível esta aliança dos trabalhadores e das massas populares com as Forças Armadas para a construção de um Portugal com liberdade, democracia e paz"..Álvaro Cunhal viria a ser ministro sem pasta de quatro governos provisórios e deputado na Assembleia da República entre 1975 e 1992.