Aluno de excelência. "Se estivermos motivados e apaixonados, teremos sucesso"
João Sousa entrou esta semana "num mundo novo", o da Universidade Nova de Lisboa, no curso de Economia. "A minha impressão foi de espanto, é simplesmente incrível. Estava habituado ao espaço do colégio [Sagrado Coração de Maria], estive lá oito anos, já era muito familiar. A universidade é um novo mundo, ainda por cima, em Carcavelos. É um duplo desafio", assim descreve o primeiro dia em que conheceu as instalações, esta semana.
Não se considera um marrão, sempre teve um horário muito preenchido com atividades. Tem 18 anos e ao longo da sua vida, jogou basquete federado, aprendeu a tocar guitarra, tem o curso avançado de inglês, fez voluntariado, foi vice-presidente da associação de estudantes, deu catequese, tem o hobby que da fotografia. E é assim que vai continuar na universidade, aliar a parte académica à prática. "Meter as mãos na massa".
João concluiu o Ensino Secundário com uma média de 19,9, o que lhe permitiria entrar em qualquer curso do Ensino Superior, desde logo em Engenharia e Gestão Industrial na Universidade do Porto, em que o último aluno tem uma média de 19,13. A última nota de entrada na licenciatura de Economia da Nova (Nova School of Business & Economics - SBE) foi 17,65.
Mas no 9.º ano decidiu optar pela área de Ciências Socioeconómicas em vez de Ciências e Tecnologias e os três anos que se seguiram só confirmaram a apetência pelos assuntos económicos.
"Lembro-me de, no último ano do 3.º ciclo, dizerem-me para escolher Ciências no Secundário. E essa também era a minha ideia nos 7.º e 8. º anos, pensava seguir medicina, mas, depois, decidi fazer uma coisa nova e acabei por me apaixonar pela Economia".
Sempre foi um aluno de excelência. Dá a receita: "Ser trabalhador, motivado e apaixonado pelo que se estuda. Se estivermos motivados e apaixonados teremos sucesso. E, depois, perceber quais são os nossos pontos fortes e a maneira mais adequada de aprendermos, de sermos eficazes. Nem todos aprendem da mesma maneira, tem a ver com as características de cada um".
Admite que ajuda e muito as oportunidades que os pais lhe proporcionaram, o pai é advogado e a mãe é jurista. Ele e os irmãos, mais novos, sempre estudaram no Colégio Sagrado Coração de Maria, intercalados com programas de aprendizagem no estrangeiro, no caso do João, cursos de inglês no Reino Unido. Fez, também, voluntariado na Costa Rica (junto de crianças) e no Vietname (construção do sistema de canalização para levar água a uma aldeia).
Ao desafogo financeiro familiar, junta os valores de trabalho incutidos pelos pais. "Trabalhar sempre por mim, ser autónomo, tentar ser o melhor, não me contentar com pouco, sonhar sempre alto, no fundo".
Com uma média do Secundário que lhe permitia escolher qualquer curso e universidade optou pela Nova. Essa a sua primeira opção, além de se ter inscrito em universidades inglesas e na Universidade Católica, onde também entrou. Aliás, frequentou o primeiro ano de Economia desta instituição. "Não queria ficar em casa sem fazer nada e foi uma adaptação", justifica.
Quando se confirmou a entrada na SBE, não hesitou. "Tenho seguido a Nova ao longo dos últimos e, desde que se mudou para Carcavelos, tem estado na vanguarda do ensino em Economia e Gestão. Tem apostado muito na inovação e está atualizada com as necessidades do mercado de trabalho e do mundo em que vivemos. E, agora, que estou lá dentro, percebi que tenho uma disciplina (Álgebra Linear) com uma componente de linguagem de programação Python, que é uma ferramenta importante nesta área, nomeadamente para a análise de dados, o que reforçou a minha boa impressão".
Entrou "com a mente aberta" para descobrir as várias temáticas económicas, quer experimentar tudo. "O objetivo é continuar a tirar boas notas, ficar entre os melhores, mas não me quero ficar demasiado centrado na parte académica, não vou ficar fechado num quarto. Quero explorar tudo o que a universidade tem para oferecer, não só académica como prática: participar nos clubes, fazer estágios, quero por a mão na massa, aprender a fazer". E, depois dos estudos em Portugal, pensar enveredar por uma carreira internacional.