Almirante anuncia redução de efetivos no Estado-Maior General das Forças Armadas

Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas rejeita lamentações sobre dificuldades financeiras no seu primeiro discurso
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O novo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) anunciou esta sexta-feira que vai reduzir o número de efetivos e concentrar as suas valências.

No seu primeiro discurso como CEMGFA, um dia depois de ser empossado pelo Presidente da República, o almirante Silva Ribeiro declarou que "de nada servem as lamentações" dos militares sobre as dificuldades financeiras, "ou esperanças vãs por reforços súbitos do orçamento", pois isso leva "ao adiar das decisões, à degradação dos meios materiais e à desmotivação do pessoal".

Silva Ribeiro deixou claro que o Estado-Maior General tem a "pesada responsabilidade de guia e de exemplo da instituição militar", pelo que a reestruturação interna visará ainda a focalização das "áreas de esforço no essencial".

Aos jornalistas, o novo CEMGFA explicou o seu racional: "O EMGFA necessita de ser reestruturado e redimensionado, porque quem precisa muito de efetivos são os ramos."

Falando junto do Monumento aos Combatentes, junto do qual depositou uma coroa de flores, Silva Ribeiro considerou "necessário ser contra o espírito de desconfiança e de hipercriticismo doentio que tudo perturba e destrói".

Em matéria de desafios onde importa "concentrar o maior esforço", o novo CEMGFA apontou ainda a modernização das capacidades operacionais das Forças Armadas, o reforço da capacidade de ciberdefesa do país e a melhoria do sistema de saúde militar por via de "uma forte ligação ao SNS".

Reforçar "o contributo das Forças Armadas para a política externa" nacional, "otimizar o apoio" militar "na resposta a emergências civis, com um foco muito especial no combate e prevenção dos fogos rurais" por via da melhor "articulação com a Proteção Civil", bem como "aprofundar as relações de cooperação com as Forças e Serviços de Segurança" - com destaque para a criação de "mecanismos de articulação operacional" entre o centro de informações militares e o SIRP, foram outros desafios elencados pelo CEMGFA.

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