Alienação de um dos canais poupa 40 milhões de euros
O plano de sustentabilidade económica e financeira da RTP foi aprovado esta tarde na presença do conselho de ministros em reunião com o conselho de administração da RTP - presidido por Guilherme Costa - e ainda do ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.
Em nota entregue à imprensa, "o Governo reitera que, até ao final de 2012, serão accionados mecanismos legais com vista à alienação de um dos canais generalistas da RTP".
O plano "garante aos portugueses a salvaguarda da 'marca RTP' enquanto referencial histórico-cultural do mundo da rádio televisão e rádio difusão nacionais e da lusofonia". Não será, portanto, um canal "meramente residual".
A RTP vai continuar a lutar no mercado publicitário, mantendo seis minutos de publicidade por hora. A luta pelas audiências vai manter-se, pelo que não estão previstas grandes mexidas nos contratos dos rostos da RTP.
Para lá da alienação prevista pelo plano, sabe o DN que, ao contrário do estipulado no programa de governo, não deverá ser alienada para já nenhuma das antenas de rádio. Na esfera da RTP ficam Antena 1, Antena 2, Antena 3, Academia RTP, RTP Internacional, RTP África e temáticos.
Está prevista a redução de delegações e aproveitamento de sinergias com a agência Lusa. Foi ainda adiantado que deverá haver uma redução dos cargos administrativos da empresa e uma autonomização dos meios técnicos numa empresa que, posteriormente, prestará serviços à RTP.
A RTP Madeira e RTP Açores, que deverão reduzir a produção própria de cinco para quatro horas de emissão diária, vão passar a ser "autonomizadas" e "resonsabilizadas", beneficiando de orçamentos regionais.
A partir de Novembro será aberto um novo processo de rescisões por mútuo acordo, sendo que já tinha sido anunciada a saída de 300 trabalhadores da empresa.