Alegações finais do alegado etarra marcadas para hoje

O tribunal das Caldas da Rainha ouve hoje as alegações finais do julgamento de Andoni Zengotitabengoa Fernandez, alegado etarra que habitou uma vivenda, no concelho de Óbidos, onde foram encontrados 1.500 quilos de explosivos.
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A sessão tem início marcado para as 10:30 e, segundo José Galamba, advogado de defesa de Andoni Zengotitabengoa "deverá prolongar-se apenas pelo período da manhã", apesar de a defesa pretender utilizar a totalidade do tempo (uma hora) que a lei prevê para a produção de alegações.

"Tratando-se de um julgamento com esta complexidade, a lei prevê que o esse tempo possa ser prolongado", disse à Lusa José Galamba, admitindo que "se o juiz autorizar" as alegações da defesa poderão demorar "entre hora e meia a duas horas".

A defesa vai voltar a "incidir nas questão da nulidade de parte da prova", adiantou o advogado, que durante o julgamento tem tentado descredibilizar a investigação da Polícia Judiciária (PJ), que considera ter feito buscas ilegais na casa e que poderão invalidar provas e fazer cair parte da acusação.

Andoni Zengotitabengoa Fernandez é acusado pelo Ministério Público de dois crimes de furto qualificado, nove crimes de falsificação e um crime de detenção de arma proibida, todos com vista à prática de terrorismo, e ainda um crime de resistência e coacção sobre funcionário, praticados, segundo a acusação, "enquanto membro da ETA".

O alegado militante da ETA - uma organização considerada terrorista pelas autoridades espanholas e que defende a independência do País Basco - encontra-se detido preventivamente no Estabelecimento Prisional de Monsanto, em Lisboa, considerado de alta segurança.

O arguido está a ser julgado no tribunal de Caldas da Rainha desde 13 de Setembro, tendo declinado prestar declarações ao tribunal, situação que, segundo o advogado, deverá manter-se durante a sessão de hoje.

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