A decisão do coletivo, presidido por Afonso Andrade, surgiu em resposta a um requerimento interposto pela advogada de defesa dos arguidos, Paula Lourenço, em que esta alegou "a necessidade de mais tempo para se preparar"..O requerimento apresentado por Paula Lourenço teve igualmente efeitos suspensivos em relação ao depoimento das três testemunhas de defesa, marcado para as 09:30 de sexta-feira. .A audição do coarguido Charles Smith estava prevista para as 14:00 de sexta-feira, enquanto a de Manuel Pedro, para as 09:30, da próxima segunda-feira (dia 09)..Assim, a audição das três testemunhas de defesa ficou marcada para as 09:30 da próxima segunda-feira (dia 09), e a audição de Charles Smith e Manuel Pedro, para as 14:00 do mesmo dia..Recorde-se que os ex-sócios da empresa de consultoria Smith & Pedro -- acusados de tentativa de extorsão -- se remeteram ao silêncio desde o início do julgamento, a 08 de março último..Hoje, aos jornalistas, Charles Smith deixou implícito que iria prestar declarações em tribunal..O processo Freeport teve origem em suspeitas de corrupção e tráfico de influências na alteração à zona de Proteção Especial do estuário do Tejo, e no licenciamento do centro comercial, em Alcochete, quando era ministro do Ambiente José Sócrates, que mais tarde veio a ser primeiro-ministro..Em causa estava também o alegado financiamento ilegal a partidos políticos..Durante a investigação e fase de inquérito do caso Freeport foram constituídos arguidos sete pessoas -- entre os quais João Cabral, funcionário da Smith & Pedro, o arquiteto Capinha Lopes, o antigo presidente do Instituto de Conservação da Natureza Carlos Guerra e o então vice-presidente do mesmo organismo José Manuel Marques, assim como o ex-autarca socialista de Alcochete José Dias Inocêncio..Apenas dois dos sete arguidos foram acusados e levados a julgamento.