Alain Delon: os 80 anos do ator que chegou a imperador

Entra hoje no clube dos octogenários um dos mais polémicos ator francês. Chamavam-lhe "o James Dean francês"
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Para várias gerações, o seu imediato reconhecimento vem da estilizada fotografia de capa da obra-prima de um grupo inglês de rock - The Queen Is Dead, dos The Smiths. Outros, muito menos, saberão que Beautiful Killer, uma canção de Madonna publicada há três anos, lhe é dedicada. Sinais dos tempos: este homem raramente se chegou ao domínio reservado das canções, gravando um tema de tendência autobiográfica, Comme Au Cinéma, e garantindo o contraponto falado ao canto de Dalida, no êxito Paroles, Paroles.

Em compensação, Alain Fabien Maurice Marcel Delon, que hoje completa 80 anos, participou em 86 longas-metragens, das quais realizou um par, e numa mão-cheia de produções televisivas. Se somarmos a uma vida que foi tudo menos linear, poderemos dizer, com inteira justiça, que deixou "impressões digitais" suficientes para uma espreitadela à biografia. Teve filhos "legítimos" e um que tardou a reconhecer, fruto da sua ligação com a cantora e super-modelo (assim se dizia à época) alemã, Nico.

Só casou uma vez, com a atriz Francine Canovas, mais conhecida como Nathalie Delon, e o matrimónio durou, oficialmente, menos de cinco anos. Mas os seus romances nunca deixaram as primeiras páginas da imprensa cor-de-rosa: Mireille Darc, Anne Parillaud, Catherine Goux (viúva de Didier Pironi, piloto de Fórmula 1) e Rosalie van Breemen (mãe dos seus dois filhos mais novos, Anouchka e Alain-Fabien) integram a lista de relações do ator. Em nome do romance, todos gostamos de acreditar que o papel de grande amor da sua vida foi entregue a Romy Schneider.

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