AHRESP critica introdução da fatura eletónica

O vice-presidente da AHRESP criticou hoje a obrigação de introduzir faturas eletrónicas em janeiro, referindo tratar-se de mais um gasto para o setor a juntar a outros como os aumentos do IVA, eletricidade, gás e água.
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Em declarações à Lusa, o vice-presidente da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Júlio Fernandes explicou que esta mudança no sistema de faturas vai implicar custos entre os 750 euros e os 1500 euros para uma casa média.

Estes valores -- que variam consoante se queira investir em equipamentos mais modernos e preparados para o futuro, ou se queira apenas gastar o mínimo, aproveitando o equipamento que já existe - são os que "casa média" terá de gastar, ou seja, uma empresa com uma faturação anual na ordem dos 250 mil euros e com apenas três ou quatro empregados.

Valores que, de acordo com Júlio Fernandes, valores correspondem ao custo de substituição de cada máquina registadora ou terminal de pagamento.

O novo sistema de faturação imposto por legislação entra em vigor a 01 de janeiro de 2013 e obriga os comerciantes a atualizarem as suas máquinas registadoras e terminais de pagamentos para que cada compra corresponda a uma fatura.

Para o vice-presidente do AHRESP este é só mais um custo a juntar ao aumento do IVA, aos aumentos da eletricidade, gás e água e à antecipação do pagamento do subsídio de Natal, que, em 2013, será feito em duodécimos.

Aumentos que estão a dificultar a vida ao setor e que ainva vão incluir uma nova despesa a partir de fevereiro.

"A partir de 08 de fevereiro, os técnicos de contas têm que preparar tudo para enviar para as Finanças a faturação do mês anterior, ou seja, a de janeiro. Isso levou também que as empresas de contabilidade tivessem que adaptar os seus honorários à realidade do novo trabalho. Foi mais uma despesa em cima dos empresários", disse.

Para ajudar o setor a lidar com a nova realidade, a AHRESP, em conjunto com a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) promove no próximo dia 07 de janeiro, no Centro de Congressos de Lisboa, uma conferência para dar aos empresários "uma noção das dificuldades que os esperam".

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