Agressões entre sócios. Assembleia Geral do FC Porto suspensa

Os trabalhos da Assembleia Geral extraordinária do FC Porto vão ser retomados na próxima semana, no dia 20 (segunda-feira).
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A Assembleia Geral (AG) extraordinária do FC Porto teve de ser suspensa esta segunda-feira devido a agressões entre os sócios do clube no Dragão Arena.

Perante os desacatos, muitos sócios abandonaram o local, adianta a SIC Notícias, dando conta que os trabalhos da AG vão ser retomados no próximo dia 20 de novembro (segunda-feira).

Anteriormente, André Villas-Boas, que já manifestou a intenção de candidatar-se à presidência do FC Porto, criticou a "falta de organização de uma Assembleia Geral extraordinária para a mudança dos estatutos", referindo que o "registo de todos associados" era "difícil acontecer".

"Não há condições para tomar qualquer decisão. Peço ao presidente da mesa que considere a suspensão desta Assembleia Geral extaordinária, que a remarque para um local e uma hora apropriada para que todos os sócios do FC Porto possam votar livremente na decisão em relação à proposta de alteração de estatutos", afirmou aos jornalistas o antigo treinador dos dragões.

Nuno Lobo, o único a anunciar a candidatura à liderança do FC Porto, já fez saber que vai impugnar a Assembleia Geral extraordinária do clube dirigido por Jorge Nuno Pinto da Costa.

"Infelizmente tomei conhecimento que a AG começou com estas pessoas todas cá fora. Não tenho palavras para qualificar, é uma vergonha o que estão a fazer com os sócios do FC Porto. Dão início a uma AG com assuntos tão importantes sem a presença dos associados que estão aqui há horas. Não me revejo no rumo que este clube está a tomar. Deviam ter esperado até ao último sócio, mudaram de sítio sem avisar os associados, começam sem respeito pelos sócios. Obviamente irei impugnar esta Assembleia Geral", disse Nuno Lobo, citado pelo jornal o Jogo, no exterior do Dragão Arena.

A hipotética adoção do voto eletrónico e por correspondência, a filiação sénior mínima de 15 anos, em vez dos atuais 10, para se concorrer à presidência ou o acesso ao direito de voto após dois anos ininterruptos como sócio são algumas das mudanças em discussão.

Elaborado pelo Conselho Superior, órgão consultivo do FC Porto, o documento protege a manutenção da maioria do capital social da SAD perante uma eventual entrada de novos investidores, alargando ainda a abertura à realização de negócios entre os titulares dos órgãos sociais e os 'dragões', desde que salvaguardem o "manifesto interesse do clube".

Qualquer alteração dos estatutos necessitará de dois terços de votos favoráveis para ser aprovada, entrando em vigor no dia seguinte ao da publicação da escritura pública, que deverá ser realizada num prazo de 30 dias junto da Conservatória do Registo Comercial.

Com Lusa

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