Agente da Guarda Civil e a mulher portuguesa encontrados mortos
Um agente da Guarda Civil e a sua mulher, de nacionalidade portuguesa, ambos de 51 anos, foram hoje encontrados mortos na sua residência em Fuentes de Oñoro (Salamanca), por disparos de arma de serviço do polícia.
Apesar de a Guarda Civil ter confirmado que a mulher tinha denunciado em 2005 o marido por atos de violência cometidos contra ela - uma denúncia que foi posteriormente arquivada -, a investigação não descarta para já nenhuma hipótese sobre o que aconteceu.
Nesse sentido, não está afastada a hipótese de se ter tratado de um caso de violência machista, admitem, contudo, as autoridades.
A Guarda Civil está a investigar se é verdadeiro um perfil numa conhecida rede social que supostamente seria da mulher, a qual horas antes teria escrito em maiúsculas a mensagem: "Adeus, perdão por tudo".
O agente morto é natural de Fuentes de Oñoro, onde foi agente no aquartelamento da localidade, que fica próxima da fronteira com Portugal.
No entanto, desde há algum tempo estava destacado na Guarda Civil de Guipúzcoa.
A sua mulher, de nacionalidade portuguesa, continuava a residir em Fuentes de Oñoro, na casa onde ocorreram os factos, no n.º 6 da rua Manuel de Falla, um complexo de habitações residenciais com o nome "Los Pisos Rosas".
Fontes policiais explicaram que tiveram conhecimento das mortes por familiares, que acudiram à situação.
Os vizinhos do bloco de habitações explicaram hoje à agência espanhola Efe que o casal tinha problemas desde há anos e que a mulher tinha uma filha do anterior matrimónio.
Nos últimos dias, os vizinhos, que não ouviram os disparos mortais, disseram que os viram juntos na zona.
Ao que parece, o marido estava a passar uns dias de descanso em Fuentes de Oñoro.
Os corpos, segundo confirmaram à Efe fontes do serviço regional de emergência 112, foram encontrados pelas 08:45 horas locais (07:45 horas de Lisboa), após uma chamada para este serviço a pedir assistência médica para o homem e a mulher.
Às 12:15 horas de hoje (11:15 horas de Lisboa) os cadáveres foram transladados para o Instituto de Medicina Legal de Salamanca, onde serão autopsiados.