AMA vai criar nova entidade independente de federações
A Autoridade Independente de Testes (ITA), que tinha sido reclamada pelo Comité Olímpico Internacional (COI) como medida para ajudar a credibilizar o desporto, deverá estar operacional a tempo dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, na cidade sul-coreana de PyeongChang.
A ITA terá cinco diretores: um representante do COI, uma "personalidade independente", um representante de uma federação internacional, um atleta e um perito em dopagem, escolhidos "pelo mundo do desporto", bem como um representante da AMA, que não terá direito de voto.
Federações internacionais e organizações nacionais de combate ao 'doping' poderão juntar-se numa base voluntária, uma vez que é "impossível forçá-las a juntarem-se", esclareceu a diretora do Comité Médico da AMA, Valérie Fourneyron.
Assim, instituições que já possuem mecanismos e estrutura implantadas para o controlo, como a União Ciclista Internacional (UCI), e desportos que estão ainda longe do patamar exigido pela AMA, como as ligas de futebol americano ou o futebol profissional na Europa, não precisam de integrar-se na nova agência.
Ainda assim, alertou Fourneyron, a fundação criada na Suíça "não pode ser a única solução para todos os problemas do 'doping'", sendo apenas "uma peça do puzzle", ainda que permita "maior eficiência e evolução nos testes".
Ugur Erdener, vice-presidente do COI, disse hoje que o organismo está disposto a "oferecer assistência financeira" à nova agência.
Craig Reedie anunciou ainda que a próxima conferência mundial sobre doping no desporto terá lugar na cidade polaca de Katowice em 2019, ano que marca o 20.º aniversário da AMA.
Esta será a quinta vez que a conferência é organizada, depois de Lausana (Suíça), em 1999, Copenhaga (Dinamarca), em 2003, Madrid (Espanha), em 2007, e Joanesburgo (África do Sul), em 2013.