Afonso Dhlakama assegura que não vai recorrer à violência em Moçambique
"Não é preciso violência", declarou o líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), em conferência de imprensa realizada em Maputo, recusando que o tratem como um belicista: "Isto significa que não vou andar aí tiros".
Afonso Dhlakama considerou que as eleições gerais de quarta-feira foram uma "fantochada", mas manifestou disponibilidade para dar prioridade ao diálogo "com os irmãos do Governo de Moçambique" e "fazê-los ver que já é tempo que o povo seja soberano e possa ser, de facto, governado por governantes eleitos democraticamente".
Os mais recentes resultados, ainda parciais, concedem ao candidato da Frelimo, no poder, Filipe Nyusi, cerca de 60% dos votos, enquanto Dhlakama terá quase 30%, ou seja o dobro do seu resultado nas presidenciais de 2009.
Mais de dez milhões de moçambicanos foram chamados na quarta-feira para escolher um novo Presidente da República, 250 deputados da Assembleia da República e 811 membros das assembleias provinciais.
No escrutínio concorreram três candidatos presidenciais e 30 coligações e partidos políticos.