Afinal não existe um terceiro romance de Harper Lee

Mistério resolvido. Os papéis que poderiam ser uma terceira obra da autora são rascunhos de <em>Mataram a Cotovia</em> e <em>Vai e Põe uma Sentinela</em>, diz um perito consultado pela advogada de Lee
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Esta história começa com a descoberta de Go Set A Watchman (Vai e Põe uma Sentinela, em tradução livre), a sequela de To Kill A Mockingbird (Mataram a Cotovia) que Harper Lee viu, em 1957, rejeitada pelo editor, e que precedeu a escrita daquela que seria, até recentemente, conhecida como a sua única obra.

Vai e Põe uma Sentinela foi publicada pela Harper Collins em julho último (edição portuguesa da Editorial Presença prevista para outubro), após a advogada da escritora norte-americana, Tonya Carter, ter descoberto o dactiloscrito da obra em agosto de 2014 num cofre de um banco em Monroeville, Alabama, terra natal de Lee.

A par dessa descoberta, a advogada deu conta de algo que poderia ser "um rascunho mais antigo de Watchman, ou da Cotovia , ou até, como sugere correspondência antiga, um terceiro livro que liga os dois", escrevia em julho então no Wall Street Journal. Sem certezas, avisava: "Mas sei isto: nos próximos meses, peritos serão convidados a examinar e autenticar todos os documentos no cofre." Assim foi.

Carter contratou o perito em livros raros James Jaffe, que afirma não se tratar de um terceiro romance mas de um rascunho anotado da primeira parte de Mataram a Cotovia, assim como de um dactiloscrito original de Vai e Põe uma Sentinela e um dactiloscrito original da Cotovia, com correções da autora e anotações do editor, Tay Hohoff. As conclusões de Jaffe, que classificou as páginas recentemente analisadas como "uma coleção extremamente importante", podem ser lidas num relatório publicado pelo Wall Street Journal esta terça-feira.

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