EUA. Aspirina deixa de ser aconselhada para tratar doenças do coração
A aspirina deixou de ser aconselhada como uma forma de prevenir ataques cardíacos ou derrames. A Associação Americana do Coração deixou este domingo de incluir nas suas sugestões para evitar as doenças cardíacas a toma de uma dose baixa de aspirina, segundo a CNN.
"Neste momento somos muito melhores no tratamento de fatores de risco, como hipertensão, diabetes e colesterol alto", afirma a cardiologista Carolina Campbell. "Fazem a diferença, provavelmente anulando qualquer beneficio da aspirina".
Até agora, os médicos consideravam a aspirina uma forma de reduzir problemas como o colesterol nos idosos. Mas novas diretrizes recomendam evitar o uso deste medicamento em qualquer idade. "Os médicos devem ser muito seletivos na prescrição da aspirina para pessoas sem doenças cardiovascular conhecidas", disse o médico John Hopkins.
Já no ano passado um estudo publicado na revista médica The Lancet colocava em causa a eficácia dos resultados da aspirina. A investigação concluiu que uma dose com 75 a 100 miligramas reduz o risco de doenças cardiovasculares nos pacientes que pesem entre 50 e 69 quilos. Contudo, aqueles que pesem mais de 70 veem os benefícios reduzidos em 23%. Para além de que no caso das pessoas com mais de 70 anos pode mesmo agravar o cenário de um primeiro AVC.