Advogados dos pais rejeitam pressões sobre testemunhas
"Não aceito, de forma alguma, que se esteja a pressionar quem quer que seja", afirmou Miguel Mendes, no final da sétima sessão de julgamento que hoje decorreu em Lousada. O jurista comentava o facto de algumas testemunhas terem dito em julgamento coisas nem sempre coincidentes com declarações feitas em fase de inquérito ou invocarem esquecimento, não confirmando o conteúdo de inquirições em fases anteriores do processo.
Na terça-feira, comentando a mesma situação, Paulo Gomes, advogado do arguido, disse "não acreditar só em coincidências". Hoje, Miguel Mendes, que acompanha Ricardo Sá Fernandes como representantes dos pais de Rui Pedro, disse que a acusação particular "não está com truques". "Os assistentes não pretendem manipular quem quer que seja. Os assistentes estão de consciência tranquila", insistiu Miguel Mendes.
Comentando o desconforto de uma testemunha quando, em sua casa, foi confrontado pelo pai de Rui Pedro para contar o que tinha visto em Lustosa, nomeadamente uma criança na companhia de uma prostituta, o advogado disse que a testemunha "prestou o depoimento de forma livre e serena". "É legítimo aos pais que fizessem todas as diligências que pudessem ajudar a esclarecer aquilo que aconteceu no 04 de março de 1998", observou Miguel Mendes.