Advogado de Leonor Cipriano começa a ser julgado
O ex-inspetor da PJ pede uma indemnização de três mil euros a Marcos Aragão Correia e ao também arguido António Pedro Dores, presidente da Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento (ACED).
Segundo fonte judicial, em causa está um documento de 08 de abril de 2008, intitulado "Relatório Sobre Tortura de Leonor Cipriano perpetrada pela Polícia Judiciária", que Aragão Correia elaborou para a ACED e que foi difundido pela associação.
Gonçalo Amaral, condenado a 18 meses de prisão com pena suspensa por igual período no julgamento de inspetores e ex-agentes da PJ acusados de tortura à mãe de Joana, considerou que o relatório foi "lesivo da honra e consideração pessoal e profissional"
Por seu lado, Aragão Correia pediu a intervenção do procurador-geral da República, Pinto Monteiro, "no sentido de esclarecer a total incoerência e absoluta ilegalidade do Ministério Público no âmbito desta recente hedionda acusação por difamação que não existe".
O desaparecimento de Joana, na aldeira de Figueira, no concelho de Portimão, ocorreu a 12 de setembro de 2004. O corpo da criança, na altura com oito anos, nunca apareceu e Leonor Cipriano e o irmão, João Cipriano, foram condenados a 16 anos de prisão cada um pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.