Reunidos em assembleia-geral, em Amesterdão, os 232 clubes europeus que integram a ECA aprovaram aquilo que já há muito parecia uma inevitabilidade: o início de conversações com a UEFA para a reconversão da Liga dos Campeões numa "Super Champions", assim lhe chamou o presidente da Juventus e da Associação Europeia de Clubes, Andrea Agnelli..O dirigente italiano garantiu que os planos do clube não passam por criar uma Superliga fechada e afirmou que não foi tema de conversa a possível transferência dos jogos da Liga dos Campeões para os fins de semana, atirando as competições nacionais para terça e quarta-feiras.."Não se falou de fins de semana, apenas de uma renovação nas competições europeias", assegurou Agnelli. "Está em marcha um processo de debate para melhorar as provas europeias e a prioridade é manter um sistema em que a participação seja aberta a todos, pensando no crescimento global do futebol europeu", acrescentou, sem querer detalhar o possível formato da futura Super Champions..O presidente da Juventus sublinhou que os planos da ECA passam por discutir o futuro da Champions sempre em diálogo com a UEFA, cujo presidente, Aleksander Ceferin, também esteve presente em Amesterdão. Ainda assim, transpareceu da reunião o cenário de a nova prova poder ter duas divisões de 16 clubes cada (32 no total), divididos em grupos de quatro clubes (quatro grupos por divisão)..A Associação dos Clubes Europeus anunciou também que rejeita o novo formato de Mundial de Clubes aprovado pela FIFA no mês passado e que prevê um campeonato disputado por 24 equipas a cada quatro anos. "É um projeto insustentável. Hoje, estamos indisponíveis para participar nesse formato, mas estamos abertos a discutir novos formatos. Todos queremos uma renovação do Mundial de Clubes, mas temos de aligeirar o calendário", justificou Andrea Agnelli..O líder da ECA - associação da qual fazem parte FC Porto, Benfica, Sporting, Sp. Braga e Marítimo - adiantou ainda que os clubes querem discutir também o calendário internacional pós-2024, propondo menos janelas de seleções sem afetar o número de jogos, e trabalhar para alinhar o número de jogos nas diferentes ligas. "Entre Alemanha e Inglaterra há 12 jogos de diferença", exemplificou.