Adeus a Merkel e Eunice, olá Ómicron e "rainha" Rihanna
Rio vence diretas no PSD e está "picado" para as legislativas
Foi pelas 21h50 que Paulo Rangel assumiu a derrota. Contados mais de metade dos votos, era inevitável a vitória de Rui Rio nas diretas do PSD. Com eleições legislativas marcadas para 30 de janeiro, a primeira mensagem do líder reeleito com mais de 52% foi mesmo assim para dentro do partido, com Rio a afirmar-se "disponível" para trabalhar com quem quer fazer unidade e a agradecer aos "militantes de base". Já Rangel também falou na necessidade de o partido estar "unido" em torno do líder e prometeu "lealdade". Mas a tão pouco tempo das legislativas, não espanta que a cabeça de Rio já esteja nessa campanha. "Estou picado para ganhar as legislativas", disse. Vamos ver se também aí consegue um resultado surpreendente.
O adeus de Eunice Muñoz no palco onde tudo começou
A 29 de novembro de 1941, uma Eunice Muñoz com apenas 13 anos estreava-se profissionalmente no palco do Teatro Nacional D. Maria II. A peça era Vendaval, de Virgínia Vitorino, o papel o de Isabel e a encenação de Amélia Rey Colaço. Passados exatamente 80 anos, a atriz voltou agora a subir ao mesmo palco, ao lado da neta Lídia Muñoz, para representar a peça A Margem do Tempo, com que se despede da carreira. Diante de uma plateia em que não faltava o primeiro-ministro António Costa ou o presidente da Câmara de Lisboa Carlos Moedas, Eunice Muñoz deixou uma palavra de "coragem" aos colegas, mas sobretudo agradeceu ao público que nestes 80 anos a "acarinhou e aplaudiu".
A inevitável chegada da Ómicron a Portugal
Detetada pela primeira vez na África Austral, a variante Ómicron do SARS-CoV-2 chegou a Portugal, com todos os casos até agora detetados a estarem relacionados com o surto de afeta a equipa de futebol da B-SAD. Considerada uma "variante de preocupação" pela OMS, a Ómicron continua na verdade um mistério, não se sabendo ao certo se provoca doença grave, se aumenta o risco de transmissibilidade ou se reduz a efetividade das vacinas. Mas já está a causar problemas também na Europa, com vários países não só a aumentar as medidas de luta contra a pandemia, como a reforçar as restrições à circulação e a impedir os voos de e para países da África Austral.
Barbados torna-se república e celebra a "rainha" Rihanna
Robyn Rihanna Fenty nasceu a 20 de fevereiro de 1988 em Bridgetown, a capital de Barbados. No dia em que assinalou 55 anos de independência, a ilha das Caraíbas deixou oficialmente de reconhecer a Rainha Isabel II como sua chefe de Estado e se tornou numa república, não deixou de prestar homenagem à cantora que o mundo conhece apenas pelo nome do meio. Sob o olhar da presidente Sandra Mason, Rihanna ouviu a primeira-ministra Mia Mottley declará-la "heroína nacional" em "nome de uma nação grata e de um povo ainda mais orgulhoso", sem se esquecer de desejar que "continue a brilhar como um diamante". Com menos de 300 mil habitantes, Barbados segue os passos da Maurícia que em 1992 foi o último país a deixar de reconhecer Isabel II como chefe do Estado.
Volta o estado de calamidade e a miragem do normal
As novas regras já tinham sido anunciadas pelo governo: regresso da obrigatoriedade do uso de máscara, reforço da testagem e uma semana de contenção em janeiro. Mas o regresso de Portugal ao estado de calamidade só agora entrou em vigor, perante o aumento do número de infeções e internamentos por covid-19, sobretudo num momento em que a nova variante Ómicron veio trazer nova dose de incerteza sobre o avanço da pandemia. Além das máscaras, que poderão regressar até no exterior, também volta a ser necessário apresentar o certificado digital em restaurantes, estabelecimentos turísticos, ginásios e eventos com lugares marcados. Acesso a lares, estabelecimentos de saúde, grandes eventos culturais ou desportivos e discotecas só com teste negativo. O regresso ao normal continua a ser uma miragem.
A despedida militar de Merkel ao som de música punk
Soldados carregando tochas numa coreografia ensaiada e acompanhados por uma banda filarmónica. Foi assim a despedida militar de Angela Merkel, em Berlim, após 16 anos no cargo e quando se prepara para passar o testemunho ao social-democrata Olaf Scholz. Como é tradição, a banda sonora da Grosser Zapfenstreich, a maior cerimónia militar da Alemanha, incluiu três músicas escolhidas pela chanceler. Mas se Grosser Gott, wir loben dich, escrito pelo padre Ignaz Franz em 1771 ou Für mich, soll"s rote Rosen regnen, a música popular da cantora alemã Hildegard Knef não surpreende, o mesmo não se pode dizer de Du hast den Farbfilm vergessen, o hit da Alemanha de Leste de 1974 da cantora de punk rock Nina Hagen. Um piscar de olho a "um ponto alto da minha juventude", explicou Merkel.
Lisboa, Porto, Nazaré, ... Passagem de ano de novo sem festas
"Nos próximos dias tomarei a decisão de restringir aquilo que são os festejos do fim do ano, ou seja, não haverá os típicos concertos na noite do 312, anunciou Carlos Moedas. O presidente da Câmara de Lisboa disse ainda estar a "estudar se haverá ou não o fogo de artifício". Mas a autarquia da capital não é a única a optar por cancelar festejos de final do ano devido ao aumento de casos de covid-19 e ao respetivo reforço das medidas para travar a pandemia. O mesmo já tinha sido anunciado por Rui Moreira no Porto, que pretende assim "evitar a concentração nas ruas". Mas de norte a sul - de Espinho a Faro, de Braga a Albufeira, parece que ainda não é este ano que a festa regressa em pleno no fim de ano.