"Vou dizer que, tendo em conta que a situação dos Açores não tem comparação com a da Madeira e não inspira cuidados a nenhum dos organismos que supervisionam a situação financeira em Portugal, não é justo que se compense os que prevaricaram e não se possa ajudar os que têm tido uma boa gestão das finanças públicas", afirmou Carlos César..O presidente do executivo regional, que falava aos jornalistas à entrada para uma reunião do Conselho de Juventude dos Açores, em Ponta Delgada, referia-se ao encontro que terá com o primeiro-ministro para analisar a situação na Base das Lajes, mas onde serão também abordadas outras questões, como a situação financeira dos Açores.. "Uma região que não tem défice, que não aumenta a divida e que tem uma situação incomparavelmente melhor que a da Madeira e a do país não precisa de uma intensidade maior na aplicação de medidas de austeridade", defendeu Carlos César. .O presidente do Governo dos Açores pretende que esta questão fique assente num protocolo de entendimento entre os governos nacional e regional, cuja assinatura ainda não tem data marcada..Para Carlos César, isso resulta do facto de "o Governo da República não ter pressa porque a situação financeira dos Açores não é preocupante", recordando que tem sido "convenientemente monitorizada pela Inspecção-Geral de Finanças"..O presidente do executivo regional tem vindo a defender há vários meses a necessidade de ser assinado um memorando entre os governos dos Açores e de Portugal para definir a aplicação na região de algumas das medidas que constam o acordo assinado com a 'troika'.