Absolvidos suspeitos de morte de ourives
O colectivo de juízes entendeu que não se fez prova em tribunal da presença dos três suspeitos no assalto.
Um deles - que estava indiciado pela disparo da caçadeira de canos serrados que tirou a vida ao ourives, nas Galinheiras, em Lisboa - encontra-se em Angola. Apesar de estar com Termo de Identidade e Residência ausentou-se para o país de origem. Só compareceu a uma sessão do julgamento.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), no final da tarde de 16 de dezembro de 2011 "três homens armados e encapuzados entraram numa ourivesaria na zona da Azinhaga das Galinheiras, tendo um deles empunhado e apontado uma caçadeira na direção da cabeça da vítima e disparado um tiro, provocando a morte imediata" de Lúcio Costa, de 65 anos.
Nas alegações finais, o Ministério Público pediu uma "condenação exemplar" para todos os arguidos, enquanto os advogados defenderam a absolvição por considerarem que "não foi feita prova em julgamento " da culpabilidade dos clientes.
Fonte judicial adiantou à agência Lusa que José Fialho Carvalho - principal arguido e suspeito de ter disparado mortalmente sobre o comerciante - foi para Angola [país de origem], no decorrer do julgamento, tendo estado presente apenas na primeira sessão.
Elson Gussul, José Fialho Carvalho e Flaide Ferreira Jorge estavam sujeitos à medida de coação de termo de identidade e residência, contudo este último encontra-se preso preventivamente, mas ao abrigo de um outro processo.
Segundo o MP, após o assalto, os três homens "apoderaram-se de vários objetos em ouro que se encontravam no interior do estabelecimento, colocaram-se de seguida em fuga", mas acabaram detidos pelas autoridades.
Os três arguidos, que residem na Quinta do Mocho, na zona de Sacavém, em Loures, estavam acusados da coautoria de homicídio e de roubo qualificados.