Abrantes Mendes recusa candidatar-se à presidência
Sérgio Abrantes Mendes, candidato derrotado nas últimas eleições do Sporting, considera que foi encontrada a "melhor solução" com a marcação de eleições antecipadas, num momento que disse ser de guerra no clube.
"Era o que eu previa e defendia em função do estado atual em que o clube se encontrava, que eu apelidei de pré-guerra civil e, nessa medida, eu penso que foi a melhor solução, foi os órgãos sociais terem-se demitido", considerou o juiz desembargador, em declarações à agência Lusa.
Abrantes Mendes, que já desempenhou o cargo de presidente da Assembleia Geral do Sporting, defendeu ainda que a marcação de eleições inviabiliza assim a AG extraordinária, que estava marcada para 9 de fevereiro, o que é positivo.
"Poderia crispar ainda mais os ânimos e penso que, com esta medida, os sócios serão chamados a dizer de sua justiça", referiu.
O ex-dirigente afastou a possibilidade de voltar a ser candidato à presidência do clube, rejeitando a ida a votos a 23 de março.
"Já chega, não serei candidato. Vou manter uma posição da mais estrita imparcialidade a qualquer candidato que aparecer, tenho as minhas opções, mas não tomarei posição pública", sublinhou.
Questionado se admite que surjam várias candidaturas, Abrantes Mendes considerou que a situação financeira do Sporting pode ser um obstáculo a uma corrida mais "plural".
"Não sei, na situação, em que o clube se encontra se conseguirá congregar ou não esse tipo de candidatura plural", referiu.
O ex-dirigente lembrou as dificuldades económico-financeiras de extrema gravidade e as palavras do atual presidente, Godinho Lopes, quando há dois dias disse que existiam salários por pagar.