Abel no pódio
No passado sábado, 12 de Fevereiro, Palmeiras e Chelsea protagonizaram um jogo de futebol emocionante, nem sempre bem jogado, é certo, mas com um equilíbrio que durou quase até ao último dos 120 minutos da final do Mundial de Clubes.
A máquina futebolística do Palmeiras, comandada por Abel Ferreira, está cada vez mais afinada, bateu-se de igual para igual com uma das equipas com melhores recursos humanos e financeiros do futebol atual, e só lhe faltou um degrau para atingir a glória. Teria sido o primeiro treinador português a consegui-lo.
Foram guerreiros e caíram com honra. David não derrotou Golias, mas Golias assustou-se.
A cada vitória do Palmeiras, e também a cada vitória do Flamengo agora treinado por Paulo Sousa como quando era treinado por Jorge Jesus, o nome de Portugal é dito e escrito muitas vezes no Brasil. Abel Ferreira e Paulo Sousa estão sem dúvida alguma entre os portugueses mais conhecidos e citados por aqui. O desporto, neste caso o futebol, e os seus protagonistas, é um formidável "embaixador" de qualquer país.
No sábado o Palmeiras não ganhou o jogo. Mas ganhou a consideração e o aplauso dos seus adeptos. E Abel Ferreira ganhou também. Subiu mais um degrau no pódio, ao disputar a sétima final em pouco mais de um ano desde que chegou ao Brasil. Cimentou ainda mais o respeito da "torcida" e da "diretoria" do clube e dos seus colegas de profissão. E, o que me interessa sobretudo destacar, ajudou-nos mais uma vez a ganhar visibilidade para Portugal neste país continente.
Por isso, Abel, renovo os meus parabéns e o meu agradecimento.
Luís Faro Ramos é embaixador de Portugal no Brasil.