Abdullah, um reformista num reino conservador
Foi a enterrar enrolado numa simples mortalha branca numa sepultura rasa, sem quaisquer marcas, num cemitério de Riade. Transportado numa ambulância municipal, o corpo foi depois levado numa maca até junto da cova, onde foi erguido pelos elementos masculinos da família e simplesmente baixado ao solo. Não houve luto oficial, as bandeiras não foram colocadas a meia-haste, os serviços públicos estiveram fechados, mas apenas por coincidirem com o fim de semana no Médio Oriente, sexta-feira e sábado. Abrirão normalmente no domingo.
Assim foi o dia do funeral do rei Abdullah, de 90 anos, cuja morte foi anunciada na noite de quinta para sexta-feira (hora portuguesa), mas sem ser indicado o momento em que sucedeu. A natureza despojada da cerimónia é conforme ao ramo do islão professado na Arábia Saudita, o sunismo wahhabita. Abdullah fora internado a 31 de dezembro com uma pneumonia.