A um ano do Rio, ténis de mesa dispensa selecionador premiado
"Chegou o momento de terminar um ciclo e iniciar outro", diz o líder da federação; assim "quebra-se um ciclo a meio", contrapõe o técnico. A um ano dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Pedro Rufino, nome ligado aos maiores sucessos da história da modalidade em Portugal (eleito melhor treinador do mundo, em 2014), foi dispensado pela Federação Portuguesa de Ténis de Mesa, num processo com contornos polémicos.
O anúncio surgiu anteontem e a controvérsia promete arrastar-se, quando falta um mês para o Europeu de ténis de mesa (de equipas e singulares, de 25 de setembro a 4 de outubro, em Ekaterimburgo, Rússia). "Achámos que este era o momento para iniciar um novo ciclo. Da mesma forma que há três anos decidimos contratar o Pedro Rufino, agora achamos que este é o caminho a seguir", afirmou, ao DN, o presidente da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa, Pedro Miguel Moura. Essa decisão "não altera os objetivos" nacionais para o Europeu e para os Jogos Olímpicos de 2016, sublinha o dirigente. E o novo selecionador ("a escolha está feita, só falta ser formalizada") será anunciado "em uma ou duas semanas", explicou Pedro Miguel Moura - sem desmentir a hipótese de ser Kong Guoping, técnico chinês do Mirandela, a assumir o cargo.
Porém, o corte de relações não caiu bem a Pedro Rufino - que "ficará para sempre ligado à história do ténis de mesa de Portugal", por ter guiado a seleção masculina à conquista do título europeu de equipas, em Lisboa, em setembro do ano passado (como reconheceu a FPTM em comunicado). "O ciclo era de quatro anos, não de três", diz o técnico, ao DN, criticando a "desconsideração" da direção federativa pelos técnicos portugueses
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