O Quarteto Napolitano de Elena Ferrante vai ter uma série

A tetralogia da autora italiana de quem apenas se conhece o pseudónimo será produzida pela mesma empresa responsável pela adaptação de <em>Gomorra</em>, do napolitano Roberto Saviano
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São quatro os livros de Elena Ferrante que agora serão adaptados a uma série televisiva. Contam a histórias de duas amigas, Elena, a narradora, e a sua "amiga genial", Lila. Há ainda uma outra personagem: a cidade de Nápoles, atravessada durante 50 anos.

O chamado Quarteto Napolitano, de Ferrante, a misteriosa autora italiana cuja identidade é desconhecida - é parca em entrevistas, que só faz por email - e de quem só conhecemos o pseudónimo, tem como último título História de Menina Perdida, publicado recentemente pela Relógio d'Água (que disponibilizou gratuitamente os primeiros capítulos).

A empresa italiana de produção cinematográfica e televisiva Wildside anunciou esta quinta-feira que está a trabalhar com a produtora conterrânea Fandango, responsável pela adaptação televisiva de Gomorra, o livro em torno da máfia do napolitano Roberto Saviano.

A Amiga Genial, História do Novo Nome, História de Quem Vai e de Quem e História de Menina Perdida - todos eles publicados em português pela Relógio d'Água - terão, cada um, uma temporada de oito episódios. A adaptação da tetralogia de Ferrante, aclamada pela crítica (História de Menina Perdida foi escolhido pelo New York Times como um dos 10 melhores livros de ficção de 2015) e presente no "pódio" de livrarias por todo o mundo, terá, por isso, 32 episódios. Não é conhecida ainda qualquer data ou mais detalhes acerca da produção.

Sabe-se, contudo, que a Wildside ainda está à procura de parceiros internacionais para pôr em prática um modelo que é agora comum na indústria televisiva: uma rede de produção e financiamento composta por vários países. A mesma empresa espera financiamento para a série The Young Pope, cujo elenco conta Diane Keaton e Jude Law, produzida com os canais Sky, Canal Plus e HBO, dava conta o jornal britânico The Guardian.

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