A superação da rebelde de causas dinamarquesa
uma rebelde de causas. Caroline Wozniacki é pela igualdade de géneros no ténis e contra os rankings mundiais, que "não fazem muito sentido". Também não achou muita piada à atribuição de um wild card a Maria Sharapova (vai regressar após castigo de 15 meses, por doping) para o Open de Estugarda: " É uma falta de respeito!"
A tenista dinamarquesa superou uma desilusão "de morte", quando foi deixada pelo golfista Rory McIlroy, meses antes do casamento e que quase a fez desistir do ténis em 2014. Passou por anos complicados e esteve perto de abandonar o top 100, mas no final de 2016 voltou à boa forma e entrou em 2017 melhor ainda. Além de reencontrar o amor ao lado de David Lee (jogador dos Spurs, da NBA), Wozniacki esteve na final de Doha (perdeu com Karolina Pliskova) e do Dubai (perdeu com Elina Svitolina), antes de chegar à final do Masters 1000 de Miami, onde hoje vai defrontar Johanna Konta.
Nas meias-finais, a dinamarquesa de 26 anos venceu Pliskova, pelos parciais de 5-7, 6-1 e 6-1, enquanto Konta se impôs a Venus Williams. A britânica, 11.ª do ranking WTA, venceu a tricampeã em Miami, por 6-4 e 7-5.
Caroline Wozniacki, atual 14.ª da classificação, procura assim o primeiro título do ano e conquistar o 26.º título da carreira, que seria o mais expressivo desde 2011, quando venceu Indian Wells. Sagrar-se campeã em Miami significa ainda o regresso ao top 10 e a primeira posição na corrida para o WTA Finals de Singapura. A questão é saber se ela consegue manter o ritmo durante o ano e voltar a ser número 1 mundial, posição que alcançou em 2010.
Polaca e maratonista e de ocasião
Caroline é filha de pais polacos e ex-atletas, mas nasceu na Dinamarca (Odense). O pai Piotr Wozniacki, um de seus treinadores, jogou futebol na Polónia e na Alemanha, até ir jogar para a Dinamarca e por lá ficar. A mãe jogou na seleção polaca de voleibol e o irmão mais velho, Patrik, é jogador de futebol no BK Frem (Dinamarca). Por isso, se não fosse tenista, provavelmente, seria atleta de uma outra modalidade qualquer. Faz paddle e gosta especialmente de comer. Em 2014 propôs-se a correr a Maratona de Nova Iorque, desafio que superou e com um bom tempo para uma amadora.
Tornou-se mesmo benemérita da fundação New York Road Runners, que tem um programa de treino para crianças carenciadas, a quem Wozniacki já doou mais de 80 mil euros. Dinheiro esse que recebe por participar em eventos sociais, afinal foi eleita a tenista mais sexy em 2016, ano em que pousou nua para a Sports Illustrated.