"A série "Humans" fez-me olhar para o mundo de forma diferente"
Um mundo coabitado por humanos e robôs, no qual os últimos estão à mercê e disposição dos primeiros, para fins tão diferentes como trabalhos domésticos ou a prostituição, mas também como companhia para os mais solitários. Tudo muda quando alguns dos robôs começam a ganhar memória e vontade própria.
Esta é a premissa de Humans, a série de drama e ficção científica que regressa esta quarta-feira com a sua segunda temporada, que se estreia em Portugal no AMC, pelas 22.10, com o primeiro dos oito novos episódios.
Will Tudor, ator britânico que dá vida ao robô Odi nesta trama, conta em entrevista ao DN que interpretar um papel como este lhe mudou a visão do mundo. "Tenho adorado dar vida a Odi porque esta série fez-me olhar para o mundo de uma forma muito diferente. No enredo, a maioria destes robôs olham para tudo de uma maneira cinzenta e lógica, ao contrário dos humanos. Foi uma revelação para mim começar a pensar desta forma", revela o jovem de 29 anos, que já participou nas terceira, quarta e quinta temporadas de A Guerra dos Tronos.
Tudor adianta que um dos aspetos de que mais gosta em Humans é o facto de a série mostrar tanto o lado positivo como o negativo das novas tecnologias. "Olhem para o Facebook, por exemplo. Deu a oportunidade de várias pessoas se conhecerem, que não aconteceria de outra forma. Mas é engraçado que, mesmo com as redes sociais, muitos sentem-se mais isolados".
Com uma primeira temporada nomeada para quatro prémios BAFTA, Will Tudor relativiza e adianta que este tipo de galardões "não são a razão pela qual fazemos a série". Mas atira: "Quando temos este tipo de receção, percebemos que estamos no bom caminho".
Sobre a experiência em A Guerra dos Tronos, onde interpretou Olyvar - um dos prostitutos homossexuais de Petyr Baelish - Tudor diz que não poderia ser mais positiva. "Tenho tido muita sorte. Já era um fã enorme da série quando entrei. Acho que vi as primeiras duas temporadas numa semana. A experiência de fazer parte de uma máquina tão grande foi incrivelmente entusiasmante e fantástica. Todos me receberam bem, foi muito divertido", conta Tudor.
Mas os mundos de A Guerra dos Tronos e Humans não poderiam ser mais distintos: "E é precisamente essa a melhor parte de ser ator. É poder saltar entre estes mundos que são completamente diferentes", remata.