A polémica Supertaça italiana onde mulheres só entram acompanhadas de um homem
Jogar a Supertaça italiana fora de Itália já é uma tradição. O jogo entre a Juventus e o Milan, que se joga no próximo dia 16, no King Abdullah Sports City Stadium, em Yeda, na Arábia Saudita, vai ser o 12.º fora do país. E desta vez com polémica à mistura.
A Série A, organizadora do evento está a ser acusada de descriminação de género e desigualdade de oportunidades, depois de serem conhecidos os preços dos bilhetes e as condições para que as mulheres possam ir ao estádio. Para o jogo entre a Juventus e o Milan o organizador colocou à venda bilhetes para as famílias, para uma zona específica, a mais longe do relvado, onde podem entrar mulheres sempre acompanhadas de um homem.
En janeiro de 2018 o país aprovou a entrada das mulheres nos estádio,. Até então estavam proibidas de assistir futebol ao vivo. Hoje, podem-no fazer se acompanhadas de um homem. Uma situação que levou o Ministro do interior italiano a boicotar a Supertaça. "Não vou a um jogo onde as mulheres não podem entrar. Uma tristeza, um nojo", atirou Matteo Salvini.
Já Gaetano Micciché, máximo dirigente da Série A italiana, preferiu olhar para a situação de outro ponto de vista: "A nossa Supertaça será recordada como a primeira competição internacional oficial que as mulheres sauditas poderão ver ao vivo".