A Palavra do Ano 2017 é "incêndios", anunciou hoje a Porto Editora, que promoveu esta escolha durante o passado mês de dezembro, e na qual participaram 30.000 internautas.."Incêndios" alcançou 37% dos votos, impondo-se às restantes nove candidatas, foi hoje anunciado na Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém, no concelho de Loures, nos arredores de Lisboa..A palavra "incêndios" foi escolhida por causa dos "sucessivos incêndios" que se fizeram sentir durante o ano passado em todo o país. O ano de 2017 "foi um dos mais trágicos de sempre, pela enorme quantidade de vítimas e pela dimensão da área atingida", justificou a Porto Editora, quando no início de dezembro último apresentou as dez palavras candidatas..No 2.º lugar, com 20% dos votos, ficou o vocábulo "afeto" e, no 3.º, "floresta", com 14% das escolhas..O 4.º lugar é ocupado pela palavra "vencedor", com 08% dos votos, um termo escolhido por, em maio do ano passado, "pela primeira vez, e de forma surpreendente", Portugal ter sido o país vencedor do Festival Eurovisão da Canção, "sendo de sublinhar o entusiasmo e o carinho que o cantor Salvador Sobral despertou junto dos portugueses", escreveu a Porto Editora..No 5.º posto, ex-aequo -- com 05% cada --, ficaram os termos "crescimento", uma palavra que "há bastante tempo não era usada para definir o comportamento da economia portuguesa, facto que foi notório ao longo do ano", e "cativação", palavra que se tornou muito visível e "algo controversa, na estratégia orçamental do Governo", no âmbito do "objetivo de manter o défice abaixo dos valores definidos com a União Europeia"..No 7.º lugar, ficou "desertificação", que arrecadou 04% das intenções, e, no 8.º, ex-aequo, com 03% das intenções de voto, cada, ficaram os termos "gentrificação" e "peregrino"..No último lugar ficou "independentista" com apenas 01%..Esta foi a nona edição da iniciativa, tendo as palavras sido escolhidas através do 'site' www.palavradoano.pt..Na primeira edição, em 2009, a Palavra do Ano foi "esmiuçar" e, em 2010, "vuvuzela", à qual se sucederam "austeridade" (2011), "entroikado" (2012), "bombeiro" (2013), "corrupção" (2014), "refugiado" (2015) e "geringonça" (2016).