A nostalgia poética de Wes Anderson

"Ilha dos Cães", de Wes Anderson
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Basta ter visto um ou dois filmes de Wes Anderson (cito, por exemplo, Um Peixe Fora de Água e Grand Budapest Hotel) para reconhecer a nostalgia poética do seu olhar: ele encena universos mais ou menos artificiosos, à procura da harmonia que a vida real não parece garantir...

Agora, neste maravilhoso Ilha dos Cães, volta a recorrer à animação de figurinhas manipuladas pela técnica de stop motion (que já aplicara em O Fantástico Senhor Raposo).

Estamos perante uma fábula muito crua e amarga, sobre um Japão futurista em que a demonização dos cães se traduz no seu envio para uma ilha "protegida" que é, de facto, uma enorme lixeira em que os animais vão morrendo. Ao mesmo tempo cristalino e enigmático, o filme conta uma lista impressionante de vozes, incluindo Bryan Cranston, Bill Murray e Scarlett Johansson.

Classificação: **** muito bom

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