"Portugal está de luto, morreu o presidente Salazar". Assim deu o Diário de Notícias a notícia ao país, no 27 de julho de 1970, numa edição especial lançada ao meio dia, dedicada à morte do Presidente do Conselho no Estado Novo.."Esta manhã às 9.15 deixou de viver um dos mais ínclitos portugueses da história de Portugal", escreveu o DN na altura, lembrado que a morte "não surpreendeu" ninguém, uma vez que o Presidente lutava há dois anos com um "doença gravíssima", que ainda assim encontrou "resistência invulgar no grande português"..O texto relata depois e quase ao minuto os últimos momentos de Salazar e o entra e sai da residência do "Presidente" - assim chamado, apesar de já ser Marcelo Caetano a mandar -, antes de anunciar que o corpo iria ficar em câmara ardente na Assembleia Nacional até seguir para o Mosteiro do Jerónimos, onde seria o funeral..E termina assim: "Sabe-se que o presidente manifestou, ainda em vida, o desejo de ser sepultado em Santa Comba Dão, junto da campa dos seus pais." Foi cumprido.