A morte da pintora Maria Helena Vieira da Silva
A 7 de março de 1992 o DN noticiou a morte de Maria Helena Vieira da Silva, aos 83 anos. "Pintora de Lisboa e Paris morre aos 83 anos", titulava o nosso jornal.
"Uma tela da grande pintura ficou ontem inacabada, a morte arrebatou Maria Helena Vieira da Silva, o maior nome português da arte internacional do século XX. Tinha 83 anos e conservou até ao fim, nos seus olhos sempre muito abertos, o espanto das cores de Lisboa, da sua cidade natal, que foi obrigada a deixar na busca da arte e da liberdade", podia ler-se no primeiro parágrafo.
"Paris, onde acabou por morrer, deu-lhe abrigo e chamou-se sua, no entanto, Vieira da Silva, apesar de ter optado pela nacionalidade francesa, guardou a memória da luminosidade do nosso céu e um sentido muito particular da pintura como festa da cor", prosseguia o texto.
Filha do embaixador Marcos Vieira da Silva e neta de José Joaquim da Silva Graça, fundador do jornal O Século, foi residir para Paris em 1928 e foi na capital francesa que conheceu o seu futuro marido, o também pintor Arpad Szenes, húngaro e judeu, com quem se casou em 1930.
Em agosto do ano passado foi inaugurada em Paris uma rua com o nome da artista.