Nem Kate Winslet nem a alta-costura elevam esta historieta de vingança. Chegada, em grande estilo, à aldeia de onde foi expulsa em criança, por acusação de homicídio, "Tilly" Dunnage (Winslet) está disposta, primeiro, a marcar terreno - com a arma que é a moda - e depois, a desvendar a memória desse acontecimento passado, para lá da denúncia que persiste nos olhares. Thriller? Nem cheirá-lo.
O campo de visão do espectador fica, aliás, suficientemente inebriado com a cor (sobretudo o vermelho) para que reste algum interesse pelo drama de base. Mas ele volta a meio do filme, somando o romance de Winslet com o Cristiano Ronaldo lá do sítio.
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E se assumirmos o travo humorístico, destaque-se então Hugo Weaving, que interpreta o polícia efeminado, altamente subornável por tecidos... De facto, não se percebe em que tom era pretendido contar esta história, que surge mais como uma caricatura dos meios pequenos.
A australiana Jocelyn Moorhouse, que não realizava há 18 anos, quis um regresso com flama, tal como a protagonista, mas não chega um guarda-roupa chique num cenário de brincar aos westerns.
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