A melhor geração de mulheres à prova entre as grandes da Europa

Portugal participa pela primeira vez na fase final do torneio. Estreia é no dia 19 de julho frente à seleção feminina espanhola
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Elas fizeram o impensável no futebol feminino português e qualificaram Portugal para o Europeu de 2017, pela primeira vez na história. A seleção nacional está assim entre as 16 melhores da Europa, o que por si já é uma enorme vitória para a equipa orientada por Francisco Neto. Mas as meninas portuguesas, lideradas pela braçadeira da capitã Edite Fernandes e a camisola 7 da Ronalda Cláudia Neto, ambicionam mais do que participar no Europeu.

A melhor geração do futebol feminino português, que até hoje sobreviveu à custa de jogadoras amadoras, muito querer e algum talento, é agora quase 100% profissional. Ao campeonato nacional dominado pelo Fofó e pelo 1.º Dezembro na última década, juntou-se neste ano o Sporting e o Sp. Braga, e a competitividade aumentou internamente. Mas é no estrangeiro que brilham as principais estrelas da seleção, como Cláudia Neto, a quem chamam Ronalda por usar a camisola 7 e liderar Portugal em muitas vitórias, que joga no Linkopings FC, no disputado campeonato sueco, onde o futebol feminino já rivaliza com o masculino. Depois há Mónica Mendes, que joga no FC Neunkirch da Alemanha, país que domina o futebol feminino na Europa. E ainda Ana Borges, que joga no Chelsea, um clube que luta pelo título inglês e na Liga dos Campeões, mas que foi emprestada ao Sporting até junho.

O Europeu vai decorrer na Holanda entre 16 de julho e 6 de agosto e a seleção portuguesa está inserida no grupo D, na companhia da também estreante em fases finais Escócia, e ainda a Inglaterra (ficou em 3.º no Mundial) e a Espanha (venceu Portugal na fase de apuramento). Para Francisco Neto, é um dos grupos mais equilibrados do Europeu: "Vão ser três jogos muito complicados, mas estamos com grande ansiedade para começar o torneio e muito felizes por aqui estar. Vamos lutar a cada minuto e tentar jogar à Portugal."

A estreia é diante da Espanha num sempre apetecível duelo ibérico, a 19 de julho, em Doetinchem. Segue-se a Escócia, no dia 23 de julho, em Roterdão, e, por fim, a Inglaterra, em Tilburg, a 27 de julho.

Com a fase final alargada de 12 para 16 equipas, as melhores seleções europeias vão competir por um título conquistado pela última vez pela Alemanha, em 2013. Aliás, a prova tem sido um passeio para as germânicas, que festejam ininterruptamente desde 1993, com seis títulos europeus seguidos. Além da Alemanha, só a Noruega (por duas vezes) e a Suécia lograram festejar desde 1982.

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