A marca de J. J. Abrams
Será J. J. Abrams o "novo Spielberg" do cinema americano? O rótulo é sugestivo, sem dúvida, mas vale a pena não colocar o carro à frente dos bois... Em todo o caso, compreende-se que o paralelismo tenha voltado a surgir quando o nome de Abrams foi anunciado como realizador de O Despertar da Força (2015), para mais acumulando funções de produção e escrita de argumento. Ele era, afinal, uma personalidade já consagrada em Hollywood através da direção de títulos como Missão Impossível 3 (2006), Star Trek (2009) e Super 8 (2011), este um exuberante retrato do imaginário juvenil que fazia lembrar Steven Spielberg... e era por ele produzido.
Curiosamente, a sua entrada no cinema dá-se através de alguns filmes bem diferentes, incluindo O Regresso de Henry (1991), um drama com Harrison Ford e Annette Bening, dirigido por Mike Nichols (assinava ainda Jeffrey Abrams). Atualmente com 50 anos, ele é também, acima de tudo, um produtor, tendo especial vocação para explorar as mais diversas heranças de Hollywood - uma das suas mais recentes proezas é a produção da série televisiva Westworld, da HBO, recuperando os temas do filme homónimo, realizado por Michael Crichton em 1973.
Se tudo isso o vai impor como uma figura central na evolução do entertainment, eis uma dúvida que alguns títulos dos próximos anos poderão esclarecer. Entre eles incluem-se os episódios VIII e IX de Star Wars, respetivamente para 2017 e 2019, e a sexta aventura de Tom Cruise no formato Missão Impossível, agendada para 2018.