Martin Provost continua a rechear o seu cinema de figuras femininas. Depois dos dramas biográficos sobre a pintora Séraphine de Senlis e a escritora Violette Leduc, chega este encontro de duas mulheres comuns, com muito de peculiar.
São elas Claire e Béatrice, ou melhor, Catherine Frot e Catherine Deneuve, numa feliz e generosa partilha do grande ecrã. Quem promove o encontro é Béatrice, uma veterana do savoir-vivre que deseja reatar o contacto com um ex-amante de há 30 anos, o pai de Claire, procurando-a com a intenção de chegar a ele.
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Mas o que a levou realmente a fazê-lo só agora? A resposta embarca estas duas mulheres, de personalidades diametralmente opostas, numa delicada e gradual aproximação. Deneuve tem aqui um dos mais comoventes papéis dos últimos tempos, num filme que cresce pela via modesta e luminosa da intimidade.
Classificação: *** (bom)