A força das bilheteiras de cinema está com os Mínimos
Podem até ser Mínimos mas são eles os campeões das bilheteiras de cinema em Portugal este ano. Os pequenos bonecos amarelos, que surgiram pela primeira vez ao lado de Gru, o Maldisposto, levaram quase um milhão de pessoas ao cinema.
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Os filmes de animação estão habitualmente entre os mais vistos e 2015 não foi exceção: além de Mínimos, também Divertida-mente, o filme da Pixar que tem sido aclamado pela crítica como um dos melhores do ano e está nomeado para os Globos de Ouro, está no top dos mais vistos nas salas nacionais.
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As contas quanto a espectadores em 2015 ainda não estão fechadas, mas não hão de andar muito longe disto:
1. Mínimos - 936 513 espectadores
2. Velocidade Furiosa 7 - 832 438 espectadores
3. O Pátio das Cantigas - 606 316 espectadores
4. As 50 Sombras de Grey - 501 439 espectadores
5. 007 Spectre - 442 330 espectadores
6. Divertida-mente - 441 153 espectadores
7. Mundo Jurássico - 328 728 espectadores
8. Star Wars: O Despertar da Força - 325 617 espectadores
9. Missão Impossível: Nação Secreta - 324 667 espectadores
10. The Hunger Games: A Revolta 2 - 307 628 espectadores
Apresentamos números até ao último domingo, 27 de dezembro, e destes já é possível retirar algumas conclusões.
A força despertou mesmo
Estreado apenas a 17 de dezembro, Star Wars: O Despertar da Força é já o fenómeno do ano cinematográfico, estabelecendo um novo recorde: em apenas 12 dias, o filme realizado por J. J. Abrams conseguiu receitas mundiais de bilheteira na ordem dos mil milhões de dólares (Mundo Jurássico precisou de 13 dias) - e é preciso lembrar que só vai estrear na China a 9 de janeiro.
Neste momento, os especialistas não têm grandes dúvidas de que o VII episódio da saga criada por George Lucas vai ultrapassar Avatar (de James Cameron, 2009) como o filme com mais receitas de bilheteira de sempre - 2,778 mil milhões de dólares. Nos EUA talvez aconteça já este fim de semana.
Em Portugal, Star Wars conseguiu entrar rapidamente para a tabela dos dez filmes mais vistos do ano, o que é significativo, especialmente tendo em conta que este foi um ano muito competitivo nas salas de cinema.
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Para se ter uma ideia: em duas semanas de exibição em Portugal, Star Wars conseguiu quase 326 mil espetadores, o que o coloca no 8.º lugar na lista dos mais vistos em 2015. Ora o filme que levou mais espectatores às salas portuguesas no ano passado foi The Hunger Games: A Revolta - Parte 1, que teve pouco mais do que isso.
O ano dos blockbusters
Isto significa, antes de mais, que 2014 foi um ano mau para as bilheteiras de cinema. Mas um olhar mais atento permite ir mais além. Este ano, houve três filmes que claramente superaram todas as expectativas: Mínimos conseguiu levar mais de 936 mil pessoas ao cinema, o que o coloca no segundo lugar dos filmes mais vistos desde 2004, apenas superado por Avatar.
Nessa lista, que compila os dados do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) desde 2004, Velocidade Furiosa 7 aparece em 4.º lugar. Teve mais de 832 mil espectadores em sala, quase o dobro do que tinha conseguido o episódio anterior da série, em 2013 - o que terá que ver, muito provavelmente, com a morte do ator Paul Walker .
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Estes números revelam também uma tendência mundial: é cada vez mais reduzido o número de filmes que consegue levar muitas pessoas ao cinema. Como escrevia esta semana Bret Lang, na Variety: as receitas de bilheteira aumentaram e até batem recordes, mas o lucro é distribuído por cada vez menos títulos. Como se as pessoas escolhessem alguns filmes para ir ver ao cinema e deixassem os outros para ver no conforto da sua sala, na televisão ou no computador. Acentua-se assim a diferença entre a meia dúzia de filmes mais vistos (os blockbusters) e todos os outros.
O fenómeno Pátio das Cantigas
O realizador Leonel Vieira é o grande vencedor das bilheteiras no que toca a filmes portugueses. O Pátio das Cantigas é o filme nacional mais visto de sempre no grande écrã e O Leão da Estrela foi o segundo mais visto este ano (165 401 espectadores e ainda está em exibição).
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O terceiro lugar ficou com Capitão Falcão, de Jorge Leitão (27 309 espectadores). Os três volumes de As Mil e Uma Noites, de Miguel Gomes, também estão no top 10 mas, em conjunto, não chegam aos 34 mil espectadores.
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