A força criadora de Munch no Thyssen
Uma retrospetiva de Edvard Munch, no próximo mês de outubro, é a primeira das grandes novas apostas do Thyssen de Madrid. O museu apresenta a partir de 6 de outubro Edvard Munch. Arquétipos, uma exposição de 80 quadros, metade deles da coleção do Munch-Museet.
"Edvard Munch é um artista popular mas o seu conhecimento é parcial e carregado de estereótipos. Muitas das obras apresentadas vão surpreender ", diz ao DN Paloma Alarcó, comissária da mostra de pintura moderna do Thyssen. Durante décadas a obra de Munch "foi só símbolo universal da angústia e a alienação do homem moderno, mas é só uma parte da sua longa e ampla trajetória", sublinha. O museu pretende com esta retrospetiva "mostrar os aspetos mais desconhecidos da sua força criadora, como a experimentação técnica, a repetição temática e a instauração de arquétipos emocionais do homem contemporâneo".
Desde 1984 que não se realizava em Madrid uma retrospetiva de Munch. "O Thyssen é o único museu espanhol que tem as suas obras, e há muito que queríamos dedicar-lhe uma exposição monográfica", afirma Paloma Alarcó. Juntar muitas obras do norueguês por empréstimo "não é tarefa fácil", reconhece o museu. "Demorámos mais de três anos, mas acho que conseguimos juntar um conjunto fantástico", diz a comissária, que prefere não destacar um quadro da exposição.