A festa da portugalidade e de Fátima nos EUA reuniu 50.000 pessoas

Mais de 50.000 pessoas passaram este ano pelos quatro dias da festa portuguesa de Ludlow, que se realiza há 70 anos naquela localidade do estado norte-americano de Massachusetts, recriando do outro lado do Atlântico algumas das tradições de Portugal, explicou fonte da organização.
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A festa, que acaba hoje, no feriado Labor Day, envolve a Paróquia Our Lady of Fátima e constituiu ainda um festival para celebrar raízes e praticar os passos de dança tradicionais portugueses, que os emigrantes levam para toda a vida e tentam passar aos descendentes, que nasceram nos Estados Unidos da América (EUA).

Música, comida, carrosséis e jogos, com todos rendidos à homenagem a Portugal e à Senhora de Fátima, marcaram uma vez mais a festividade, em 2018.

No domingo, a procissão levou milhares de velas acesas pelas ruas de Ludlow, precisamente em homenagem às aparições de Cova da Iria, cumprindo, do outro lado do oceano Atlântico, a tradição portuguesa.

O festival português é uma adaptação das "festas de campo em Portugal" e festas dos santos, disse à Lusa David Costa, um dos organizadores da festa Ludlow.

Todos os dias, dezenas de participantes juntaram-se à volta de acordeões coloridos, entre músicas tradicionais, proporcionando um espetáculo animado mesmo aos habitantes dos EUA, que não têm ligação a Portugal, mas que não querem perder a festa de Ludlow.

A religião, o convívio e a celebração da cultura portuguesa são os pontos fulcrais da festa da paróquia fundada pelos emigrantes portugueses em 1948, onde se juntam as mais antigas e novas gerações de lusodescendentes de todo o território norte-americano.

As segundas e terceiras gerações de emigrantes portugueses nos EUA foram o público principal da festa, que visava angariar fundos para a paróquia Our Lady of Fatima.

Cinquenta mil participantes é uma estimativa dos organizadores, que anualmente têm visto o festival crescer, concluindo que mais do que uma simples mostra da portugalidade além-mar, é também um ponto de reencontro de famílias, amigos e conhecidos para quem o denominador comum é "ser português".

Em dias de calor, em que os milhares acorreram para as bebidas frescas e copos de gelo, as tendas de restauração ofereciam os sabores portugueses: bifanas, frango, chouriça ou espetadas para os clientes assarem nas brasas e, como sobremesa, o café "expresso", menos comum nos EUA, filhós e pastéis de nata.

Não faltaram as sardinhas, os grelhado e até os tremoços, pouco procurados nos EUA, mas identificados como "Lupini beans".

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