A festa da portugalidade e de Fátima nos EUA reuniu 50.000 pessoas
A festa, que acaba hoje, no feriado Labor Day, envolve a Paróquia Our Lady of Fátima e constituiu ainda um festival para celebrar raízes e praticar os passos de dança tradicionais portugueses, que os emigrantes levam para toda a vida e tentam passar aos descendentes, que nasceram nos Estados Unidos da América (EUA).
Música, comida, carrosséis e jogos, com todos rendidos à homenagem a Portugal e à Senhora de Fátima, marcaram uma vez mais a festividade, em 2018.
No domingo, a procissão levou milhares de velas acesas pelas ruas de Ludlow, precisamente em homenagem às aparições de Cova da Iria, cumprindo, do outro lado do oceano Atlântico, a tradição portuguesa.
O festival português é uma adaptação das "festas de campo em Portugal" e festas dos santos, disse à Lusa David Costa, um dos organizadores da festa Ludlow.
Todos os dias, dezenas de participantes juntaram-se à volta de acordeões coloridos, entre músicas tradicionais, proporcionando um espetáculo animado mesmo aos habitantes dos EUA, que não têm ligação a Portugal, mas que não querem perder a festa de Ludlow.
A religião, o convívio e a celebração da cultura portuguesa são os pontos fulcrais da festa da paróquia fundada pelos emigrantes portugueses em 1948, onde se juntam as mais antigas e novas gerações de lusodescendentes de todo o território norte-americano.
As segundas e terceiras gerações de emigrantes portugueses nos EUA foram o público principal da festa, que visava angariar fundos para a paróquia Our Lady of Fatima.
Cinquenta mil participantes é uma estimativa dos organizadores, que anualmente têm visto o festival crescer, concluindo que mais do que uma simples mostra da portugalidade além-mar, é também um ponto de reencontro de famílias, amigos e conhecidos para quem o denominador comum é "ser português".
Em dias de calor, em que os milhares acorreram para as bebidas frescas e copos de gelo, as tendas de restauração ofereciam os sabores portugueses: bifanas, frango, chouriça ou espetadas para os clientes assarem nas brasas e, como sobremesa, o café "expresso", menos comum nos EUA, filhós e pastéis de nata.
Não faltaram as sardinhas, os grelhado e até os tremoços, pouco procurados nos EUA, mas identificados como "Lupini beans".