A economista fã de tango que Varoufakis quis pôr no FMI
Durou pouco mais de 24 horas a controversa nomeação de Elena Panaritis para representante da Grécia no Fundo Monetário Internacional. A economista, designada pelo ministro das Finanças, não resistiu às críticas de quase meia centena de deputados do Syriza, que a acusaram de ser uma defensora das políticas de austeridade no Parlamento, e renunciou ao cargo.
Na carta de renúncia, conhecida no dia 1, a economista agradeceu o apoio de Yanis Varoufakis, que a tinha nomeado, e do primeiro-ministro, Alexis Tsipras, que acedera à sugestão. Aliás, Panaritis já fazia parte da equipa do ministro das Finanças grego, estando envolvida nas negociações com os credores. "Nunca pedi para ocupar esta posição e apenas a aceitei para ajudar o governo com a minha experiência sobre o funcionamento do FMI, mas torna-se impossível aceitar a nomeação devido às reações negativas de deputados e membros do Syriza", justificou Panaritis.
No centro da polémica está o facto de a economista ter sido, entre 2009 e 2012, deputada do Pasok, partido que pediu o primeiro resgate em 2010 e que formou um governo de coligação com a Nova Democracia entre 2012 e 2015. Panaritis foi também conselheira especial do governo de George Papandreou, o primeiro-ministro que acionou a ajuda externa.