Jo Cox. A deputada que "lutava por um mundo melhor"
O marido da deputada trabalhista britânica assassinada esta quinta-feira em Birstall, perto de Leeds, no Reino Unido, reagiu ao ataque, reconhecendo que "este é o início de um novo capítulo nas suas vidas. Mais difícil, mais doloroso, com menos alegria e menos amor".
Jo Cox foi atacada à saída da biblioteca onde se encontrava com os seus eleitores. A deputada de 41 anos deixa dois filhos (de três e cinco anos.)
Numa declaração divulgada este tarde e citada pelo The Guardian, o marido recordou os valores que orientavam a mulher. "Jo acreditava num mundo melhor e lutava todos os dias com uma energia e entusiasmo pela vida que esgotariam a maior parte das pessoas", afirmou Cox.
Brendan Cox, que é conselheiro do partido trabalhista, anunciou ainda que "irá lutar contra o ódio que matou" a sua esposa. Um ódio que diz não ter "credo, raça ou religião".
Jo Cox foi a primeira pessoa da sua família a entrar na universidade, onde se licenciou em Estudos Sociais e Políticos. A deputada terminou os estudos em Cambridge em 1995, ano em que começou a sua vida política, sempre ligada ao partido Trabalhista. Antes de ser eleita, em 2015, Jo Cox trabalhou com múltiplas instituições de caridade como a Oxfam e a Save The Children.
Desde o final dos anos 90 que Jo liderava a campanha pró-Europa e, nas últimas semanas, havia-se dedicado à luta contra o brexit. A trabalhista, que também estudou na London School of Economics, defendia ainda o apoio aos refugiados sírios.
Jo e Brendan Cox eram próximos de Gordon Brown, ex primeiro-ministro inglês e líder do Partido Trabalhista entre 2007 e 2010, que já considerou esta morte uma "perda nacional."
"Jo Cox foi a amiga mais vivaz, agradável, dinâmica e dedicada que poderíamos ter tido", sublinhou o ex-líder do partido. Brown diz sentir-se privilegiado pela oportunidade de ter trabalhado com Jo e elogia os seus "esforços incansáveis no sentido da proteção das crianças e mães mais pobres e sozinhas."
Sarah Brown, esposa do ex-primeiro ministro trabalhista, junta-se ao marido, aplaudindo o caráter e a dedicação de Cox. "A missão dela era fazer do mundo um lugar melhor", conclui.
Nicola Sturgeon, primeira-ministra escocesa, já manifestou também o seu pesar. "Embora não tenha conhecido Jo pessoalmente, sei que era tida em alta consideração como uma jovem mulher brilhante, que já muito tinha contribuído para o Parlamento", realçou.
Jo Cox deixa dois filhos pequenos e o marido, que, depois do ataque e antes de ser anunciada a morte da mulher, partilhou uma imagem da deputada, no seu Twitter.
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