Do conto popularizado em 1697 pelo escritor francês Charles Perrault ao musical que hoje sobe ao palco no Auditório de Gaia há uma estrutura que se mantém e uma história intemporal para contar. Cinderela que é Cinderela tem de ter um belo vestido, sapatos de modelo único, feitiço que dura até à meia-noite e apaixonar-se por um príncipe encantado. Tem também de sofrer às mãos de uma maquiavélica madrasta, que a sobrecarrega de tarefas domésticas, e ser o alvo da inveja das irmãs..Mas a cada nova versão há novidades. E neste musical criado em Espanha e adaptado pela primeira vez para o público português pela companhia Palco d"Emoções há momentos de grande criatividade. Uma fada madrinha que entra de trotineta, dança disco sound como nos anos 1970 (com direito a bola de espelhos e tudo) e que traz consigo uma varinha que é mágica mas que tem pouca bateria, por se ter esquecido algures do carregador..São estes pequenos laivos de modernidade aliados à história de sempre embalada pela música e pela dança que fazem de Cinderela - O Musical um espetáculo pensado para toda a família.."Apesar de ser um clássico conto infantil, tentámos fazer deste musical um espetáculo familiar, que mistura o moderno e o clássico. Temos por exemplo um príncipe que é um bocadinho roqueiro e que contrasta com o pai dele, que é um rei austero... É esse traço de intemporalidade que quisemos passar para a peça através da adaptação da música e de uma coreografia bem mais trabalhada do que o original", conta ao DN Fernando Tavares, diretor artístico e produtor da Plateia d"Emoções, acrescentando que ao longo dos últimos dois meses tem sido uma azáfama montar toda a peça..Leia mais na edição impressa ou no e-paper do DN