A chegada de Baião

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Hoje, às 10.00, João Baião chega à SIC. É esta a hora marcada pela estação para fazer um happening, que, sendo apenas um momento jurídico--laboral importante (a assinatura do contrato), terá mediatização na antena. Tal como aconteceu com Júlia Pinheiro a 14 de janeiro de 2011, que teve direito a festa e a muita comunicação social presente. Baião, que se saiba, não vai para diretor, mas o seu regresso a Carnaxide é um ato simbólico que a estação vai querer, e de forma legítima, aproveitar na sua antena.

A contratação de João Baião tem vários significados: em primeiro lugar, mostra que depois de anos a arrumar a casa e a investir na ficção, a SIC volta a ter dinheiro para ir ao mercado e ir buscar um dos melhores do género. Já o havia feito com João Paulo Rodrigues, fá-lo agora com Baião.

Em segundo lugar, a SIC diz claramente que, sim, vai apostar na liderança do day time. Agora que o seu horário nobre está estabilizado e em que a sua ficção conquistou espectadores (vamos ver que efeito terá de novo a influência de José Eduardo Moniz na produção da TVI), a estação aposta forte no day time. Investe dinheiro, muito dinheiro, há de querer ver o retorno.

Em terceiro lugar, não há como dizê-lo de outra forma, este "começar de novo" no day time, três anos depois, significa que Júlia Pinheiro não foi particularmente bem sucedida até aqui: nem como apresentadora (precisou de um reforço bem-disposto) nem como diretora (na formatação dos conteúdos da tarde e na força que foi dando a Conceição Lino).

O caminho só se faz caminhando e as pessoas aprendem com os erros. São duas frases feitas que também se aplicam na TV. A que se junta outra, vinda do futebol, e que se aplica à muito anunciada transferência de Baião da RTP para a SIC: "O que é verdade hoje é mentira amanhã."

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